Por: Rodrigo G. M. Silvestre Em uma sessão marcada por confrontos verbais e violência, a Câmara dos Deputados aprovou, na calada da noite, o chamado Projeto de Dosimetria — proposta que altera os critérios de cálculo e execução das penas no sistema penal brasileiro. A votação, conduzida sob clima de forte polarização política e protestos da oposição, levantou críticas quanto à legitimidade do processo e ao risco de utilização do Legislativo para fins particulares. O movimento acelerado da presidência da Casa para colocar o texto em votação ocorreu em meio ao caos no plenário, logo após os episódios envolvendo o… Leia mais: Câmara aprova projeto de dosimetria em dia de afronta à democracia
Por: Rodrigo G. M. Silvestre O dia 25 de novembro de 2025 entrou para a cronologia institucional do país como a data em que o núcleo central da tentativa de golpe de Estado, desnudado pelos ataques de 8 de janeiro de 2023, teve suas condenações tornadas definitivas e passou a cumprir pena em regime fechado. Nesse momento, em que um ex-presidente da República e altos oficiais são recolhidos ao sistema prisional por crimes contra o Estado Democrático de Direito, a democracia brasileira deixa de ser apenas um arranjo normativo para se afirmar como prática que reage, responsabiliza e cobra consequências… Leia mais: Brasil confirma avanço da democracia com prisão definitiva do núcleo da trama golpista de 8 de janeiro
Por: Rodrigo G. M. Silvestre A derrubada, pela Câmara dos Deputados, da resolução do CONAMA que garantia o aborto legal em casos de violência sexual colocou o País diante de uma comoção política e social. O movimento, impulsionado pela bancada ligada ao PL e pela ala mais conservadora do Congresso, revogou uma norma que regulamentava o que o próprio Código Penal já previa desde 1940. O resultado foi imediato: a reação massiva nas redes sociais e na imprensa — especialmente em veículos progressistas — transformou o tema em um dos maiores focos de repercussão negativa do ano. O detalhe é… Leia mais: Crise e contranarrativa: como a pauta do aborto eclipsou o alívio no IR e expôs o jogo político de 2026
Por: Rodrigo G. M. Silvestre No dia 28 de outubro de 2025, o Brasil testemunhou a operação policial mais letal de sua história, com 132 mortos registrados no Rio de Janeiro, superando em apenas 24 horas o número de vítimas do mais recente episódio de rompimento do cessar-fogo em Gaza promovido por Israel. Enquanto o mundo acompanhava o drama humanitário do Oriente Médio, com denúncias de sucessivas violações de direitos humanos e elevado número de civis mortos em bombardeios sobre Gaza, o cenário brasileiro converteu-se em um campo de batalha urbano, com a letalidade policial ultrapassando números globais de conflitos… Leia mais: O dia da barbárie
Por: Willian Carneiro Bianeck A esquerda sempre teve uma relação tóxica com a pauta da segurança pública. De um lado, há o consenso de que a polícia ainda é a principal forma de promoção de políticas na área, sendo, portanto, muito bem-vinda a crítica direcionada a todos os problemas que acompanham a instituição: violência arbitrária, seletividade racial, milicialização etc. De outro, persiste a percepção de que os problemas de segurança serão resolvidos automaticamente com o devido e necessário enfrentamento das consequências de um sistema capitalista, como num passe de mágica. É mentirosa a ideia de que, numa sociedade além do… Leia mais: O punitivismo do bem: como a esquerda se perde na segurança pública
Por: Rodrigo G. M. Silvestre O Brasil, ao abrir novamente a Assembleia Geral da ONU, reafirma uma das tradições mais marcantes da diplomacia internacional. Desde 1955, o país é o primeiro a discursar no principal palco de debates globais, uma prática que nasceu menos de um regulamento formal e mais de um hábito consolidado quando ninguém queria abrir os trabalhos, papel que o Brasil assumiu por tradição e neutralidade, até se tornar símbolo do multilateralismo e do compromisso com o diálogo internacional. A continuidade desse protocolo expressa não apenas respeito institucional, mas também a confiança no papel do Brasil como… Leia mais: 80 anos da ONU e o 194º Estado Membro
Por: Rodrigo G. M. Silvestre A aprovação acelerada e controversa do Projeto de Lei da Anistia e da chamada PEC da Blindagem pela Câmara dos Deputados representa um grave retrocesso para a democracia brasileira. Esses dois instrumentos legislativos não apenas ferem direitos básicos da cidadania e corroem os mecanismos de responsabilização política, mas também configuram investidas explícitas para blindar parlamentares e golpistas contra processos judiciais e punições legítimas. A anistia ampla e irrestrita a envolvidos nos atos antidemocráticos desde as eleições de 2022 até agora, incluindo aqueles ligados à tentativa de golpe de Estado, é um escárnio ao Estado Democrático… Leia mais: Retrocesso à Vista: A Anistia e a Blindagem que Ameaçam a Democracia Brasileira
Por: Rodrigo G. M. Silvestre Vejo por todos os lados a comoção pelo fechamento do bar Kapele. Dizem que encerrou suas portas definitivamente, mergulhando Curitiba em um luto silencioso e profundo. Que há 51 anos, o bar clandestino foi o último refúgio de quem buscava vida, música e encontros autênticos; agora, apenas o vazio reverberante ocupa o lugar onde tantas noites se iniciaram e encerraram. Mas como se lá nunca existiu um bar? Se ao passar pela Saldanha Marinho, luzes apagadas, não existe letreiro, não existe sinal de vida… Dizem, que só os iniciados sabiam de sua existência, que até… Leia mais: Como deixar morrer um bar que nunca existiu…
Por: Paulo A. Bastos Júnior O Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua, 19 de agosto, recentemente instituído pela Lei nº 15.187 e sancionada em 4 de agosto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é mais do que uma data no calendário. É um lembrete doloroso e urgente de uma luta que precisa ser travada todos os dias. A data remete a um dos episódios mais trágicos da história recente de nosso país, o “Massacre da Sé” em 2004, que chocou o Brasil e o mundo ao expor a extrema vulnerabilidade e a violência a que… Leia mais: 19 de Agosto: Uma Luta Diária por Dignidade e Moradia
Por: Rodrigo G. M. Silvestre Eleições na Bolívia: Resultados parciais apontam segundo turno entre centro-direita e direita As eleições gerais da Bolívia em 2025 trouxeram uma reviravolta histórica, encerrando quase vinte anos de domínio da esquerda no país. Os resultados parciais divulgados até o momento confirmam que o segundo turno será disputado entre dois candidatos de fora do espectro da esquerda: Rodrigo Paz Pereira, do Partido Democrata Cristão, e Jorge “Tuto” Quiroga, da Aliança Livre. A disputa será decidida em 19 de outubro de 2025. Esta configuração do segundo turno, entre dois nomes que defendem a abertura econômica e uma… Leia mais: Eleições de 2025: Direita Avança e Esquerda Fragmentada Fica Fora do 2º Turno na Bolívia
Por: Rodrigo G. M. Silvestre O senador colombiano e pré-candidato à presidência Miguel Uribe Turbay, de 39 anos, faleceu na madrugada desta segunda-feira, 11 de agosto, após passar mais de dois meses hospitalizado em decorrência de um atentado a tiros ocorrido durante um comício em Bogotá no dia 7 de junho. Uribe foi atingido por disparos enquanto discursava em um evento político realizado em um parque da capital. O ataque mobilizou a opinião pública colombiana, com a prisão imediata de um adolescente de 15 anos apontado como o autor dos tiros. As investigações ainda tentam identificar os mandantes do crime,… Leia mais: A morte de Miguel Uribe, presidenciável baleado em comício na Colômbia, e as eleições
Por: Rodrigo G. M. Silvestre Se Donald Trump impusesse uma sanção proibindo Microsoft, Google, Amazon e Meta de comercializarem com o Brasil, o impacto sobre a administração pública, universidades e entidades que migraram para esses serviços em detrimento da infraestrutura própria seria profundo. O funcionamento do Estado e a rotina de setores estratégicos seriam drasticamente alterados, revelando a magnitude da dependência brasileira dessas plataformas. No âmbito da administração pública, a migração de e-mails, documentos e sistemas gerenciais para plataformas como Google Workspace e Microsoft 365 tornou-se comum nos últimos anos, especialmente após cortes orçamentários que enfraqueceram equipes e infraestrutura de… Leia mais: E se Trump usar como sanção a proíbição de Microsoft, Google, Amazon e Meta de comercializar com o Brasil
Por: Rodrigo G. M. Silvestre A mudança no perfil dos estrangeiros residentes no Brasil, com a ascensão de latino-americanos — especialmente venezuelanos — à condição de maior contingente de imigrantes, ilustra uma integração regional cada vez mais concreta. O fenômeno rompe com o padrão histórico, no qual europeus — sobretudo portugueses — ocupavam o topo das estatísticas migratórias brasileiras. Agora, a aproximação se dá entre vizinhos, compartilhando não apenas fronteiras, mas experiências, desafios e uma convivência cotidiana que transforma cidades e comunidades. Dados do censo mais recente mostram que a participação de latino-americanos entre os estrangeiros saltou expressivamente, passando de… Leia mais: Como a mudança no perfil de estrangeiros revela uma integração maior entre Brasil e países latino-americanos
Por: Rodrigo G. M. Silvestre As manifestações em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro neste domingo, 3 de agosto de 2025, voltaram a reunir milhares de pessoas em cidades de todo o país, com concentração principal na Avenida Paulista, em São Paulo. Apesar do esforço dos organizadores em descentralizar os protestos, a adesão mostra sinais claros de desgaste e um declínio contínuo no número de participantes, inclusive em redutos tipicamente bolsonaristas, como Curitiba (PR) e Santa Catarina. O ato na capital paulista reuniu, segundo o Monitor do Debate Político da USP, cerca de 37,6 mil pessoas — número que, mesmo superior… Leia mais: Manifestações cada vez menores ocorrem pelo Brasil em defesa de Bolsonaro
Por: Rodrigo G. M. Silvestre O Supremo Tribunal Federal (STF) reabriu os trabalhos do Judiciário nesta sexta-feira, 1º de agosto de 2025, marcando o início do segundo semestre forense em meio a uma conjuntura de tensão diplomática e política envolvendo os Estados Unidos e o clã Bolsonaro. A sessão solene, comandada pelo presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, foi permeada por discursos enfáticos em defesa da democracia, da integridade institucional e do papel da verdade no debate público12. Durante sua fala, Barroso reforçou o compromisso do STF com a Constituição e repudiou estratégias políticas apoiadas em desinformação, num contexto… Leia mais: STF manda claro recado à Trump e a clã Bolsonaro
Por: Rodrigo G. M. Silvestre Fonte: Felipe Mongruel Delegado Tito Barrichello e Vereadora Thatiana voltam a apostar na ruptura institucional em novo protesto contra Alexandre de Moraes em Curitiba Nesta quarta-feira, 30 de julho de 2025, Curitiba foi novamente palco de protestos liderados por figuras públicas que apostam na escalada de tensões políticas no país. O Delegado Tito Barrichello e a Vereadora Thatiana estiveram à frente de mais uma manifestação contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, reforçando o movimento de ruptura institucional já observado em ações anteriores. O ato, marcado para o Centro Cívico, reuniu… Leia mais: Enquanto Trump recua, outros dobram a aposta
A mesma imprensa que glorifica a resistência dos ucranianos retrata como terrorismo a tentativa de transposição do regime de apartheid imposto pela ocupação israelense aos palestinos. A comunidade nativa vive hoje sitiada entre a Cisjordânia e a Faixa de Gaza desde a determinação britânica pela criação de um Estado exclusivamente judeu, em apoio a um movimento político nacionalista denominado sionismo.
Republicado em parceria com: Comuá – https://redecomua.org.br/vamos-decolonizar-a-filantropia-sim/ Este artigo é uma resposta da Rede Comuá ao texto publicado por João Paulo Vergueiro intitulado “Descolonizar a filantropia é um conceito que não cabe para o Brasil” Vamos decolonizar a filantropia, sim! A Rede Comuá vem pautando a discussão sobre a decolonização da filantropia há tempos, tanto através de artigos publicados como de debates travados em diversos espaços, nos âmbitos nacional e internacional. Para nos posicionar perante a tese de que a decolonização é um conceito que não cabe no Brasil, bastaria apenas fazer menção ao artigo publicado por Graciela Hopstein e Allyne Andrade… Leia mais: VAMOS DECOLONIZAR A FILANTROPIA, SIM!
Republicado em parceria com: Thiago Carvalho – https://www.linkedin.com/pulse/favelas-e-o-que-ningu%2525C3%2525A9m-observa-in%2525C3%2525ADcio-thiago-carvalho%3FtrackingId=Zcn95u71QOSvQBQtu1a7VQ%253D%253D/?trackingId=Zcn95u71QOSvQBQtu1a7VQ%3D%3D Eram “apenas” 13 mil comunidades no Brasil no ano de 2023. 5 milhões de domicílios tão diferentes, cheios de pluralidades unidos por uma única palavra: Favela Vamos falar um pouquinho de história, então peguem um punhado de pipoca, mas não muito, pois serei breve. É importante falar que a “descoberta da pobreza” só passou a ser importante no mundo, quando ela tornou-se um problema para as elites. No Brasil, claro que não foi diferente. E foi no Rio de Janeiro no século XIX que começaram a olhar os cortiços, local destinado à chamada “classe perigosa”. Considerados local de pobreza, era… Leia mais: As favelas e o que ninguém observa – O Início
Nenhum agente público acima da lei! Nenhum órgão de Estado acima da justiça, da democracia e dos direitos humanos! O Movimento Nacional de Direitos Humanos – Articulação Maranhão e a Defensoria Pública Estadual do Maranhão – Execução Penal de Imperatriz , no dia 21 de julho, foram surpreendidos com a determinação autoritária e arbitrária da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária SEAP, de transferir todas as mulheres do presídio de Davinópolis -MA e outros municípios para São Luís, mesmo com a posição contrária do Conselho de Segurança Pública, desconhecimento do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania e… Leia mais: NOTA DE REPÚDIO
Republicado em parceria com: Agência de Noticias das Favelas – ANF Foto destacada: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo Magra, vestindo roupas largas e evitando ruas movimentadas, mal dá para perceber que Viviane Nascimento Araújo, de 31 anos, está no oitavo mês de gravidez. Em sua terceira gestação nas ruas, ela se esconde do julgamento de quem passa e, principalmente, das equipes do Conselho Tutelar. Seu primeiro parto aconteceu no dia 14 novembro 2007, em Curitiba. “Tive meu primeiro filho com 16 anos. O Gabriel nasceu saudável, tive ele em um hospital público no centro da cidade, foi parto normal. Eu vi na incubadora, ele segurou meu dedinho… Leia mais: Mães e pais de rua são separados de crianças após parto em Curitiba
Deltan Dallagnol é o representante máximo, junto com Sergio Moro, do lavatismo enquanto apêndice do bolsonarismo. Nunca apoiou diretamente o nome do inominável, mas deixava clara a sua antipatia: tudo, menos o PT. E esse tudo englobava todo o chorume que conhecemos: negacionismo, familismo, militarismo, desmonte do Estado e das instituições. Aparentemente na cabeça do crente persecutor a melhor forma de acabar com o “sistema de corrupção” (sic) seria não se ter um sistema com regras.
Primeira entrevista com Mario Oporto: Patria Grande, modelos de integração regional e processos sincrónicos na América Latina. No título do seu livro* sobre o pensamento argentino sobre a América Latina, menciona Moreno e Perón, mas que outras figuras políticas e intelectuais colocaria num lugar de relevo durante o período que vai desde a independência até meados do século XX?
Antes de mais, seria muito interessante assinalar que a ideia da Pátria Grande, da unidade continental, da integração regional, não é uma moda, nem representa ideias do momento, mas faz parte de uma longa tradição argentina. Trata-se de um pensamento profundo deste lado do continente, uma grande contribuição que podemos dar.
Na manhã de 10 de abril de 2023, Curitiba amanheceu plúmbea como muitas vezes costuma amanhecer. Ergueu-se na atmosfera uma certa órbita de um amargo de desligamento; uma separação forçada; um adeus. Era o momento da despedida que chegava à cidade. O cinza do céu levava embora, além das dezenas de trupes, trabalhadores, colaboradores, organizadores e curadores, uma centelha de esperança e otimismo que o 31º Festival de Curitiba em suas duas semanas nos deu. Foi o maior, o mais belo de todos os tempos. O mais inclusivo. O mais especial. O mais ousado. Finalmente, Curitiba teve um Festival para chamar de seu.
Para o início desse novo projeto, Luana Godin e Luigi Castel entraram em contato com Wes Ventura em março de 2022, e o convidaram para gravar um videoclipe. Conheceram o Wes em um projeto no auge da pandemia (2020) e ficaram admirados pela voz, musicalidade e composições do artista. A partir dessa conversa, o compositor falou sobre o seu primeiro álbum intitulado Na madruga Sem Pressa e da possibilidade de gravar um videoclipe para uma das canções.
Nesta segunda coluna, Desiree Salgado inicia falando sobre o marco dos 100 dias do novo governo Federal. Também é abordada a Câmera Parlamentar e Assembleia Legislativa de nossa cidade, Curitiba. Desirre traz uma reflexão sobre o triste episódio que aconteceu, na semana passada em Blumenal, onde uma creche foi atacada.
O mês de Março: o mês das mulheres, em que se é necessário ano após ano se lutar pelas mesmas coisas, em que, ao final dos 31 dias, os homens voltam a ocupar todos os espaços que são concedidos as mulheres, somente, neste mês. Março também foi marcado pelo aniversario de nossa cidade, Curitiba, e pelo lastimável marco do dia 31 de Março, o golpe de 64.
Na manhã de 27 de março de 2023, na Sala Jô Soares, no 10º andar do Hotel Mabu, em frente à Praça Santos Andrade, iniciou-se o 31º Festival de Curitiba. Com uma atmosfera carregada de expectativas, a outrora “Cidade Sorriso” dava início ao maior evento de Teatro da América Latina, com a participação de diretores, curadores e de dezenas de jornalistas numa plúmbea manhã curitibana. Mas, para nossa sorte, a luz radiante das diversas trupes que por aqui “baixaram” nos presentearam com um veranico há muito tempo não visto e, principalmente, com a expressão artística que se refletiu durante a semana numa cidade cheia, alegre, retumbante, que dia a dia apagava a fuligem de dois anos de pandemia e de um modelo antigo de se governar uma nação.
“Um espectro assombra a Europa… O espectro do comunismo”: essa frase é vista como um mote para disseminar o medo de um mundo em que o capitalismo não se sustenta mais; na verdade, é uma mensagem para nos avisar que um outro mundo é possível e necessário, um mundo em que bilionários e suas sandices sejam apenas caricaturas históricas e a fome e a miséria partes de narrativas de terror que não estarão mais nas estatísticas contemporâneas.
Há 5 anos essa pergunta mata Marielle todos os dias. Corrijo, MarielleS. O assassinato no Largo do Estácio, no dia 14 de março de 2018, junto de seu motorista Anderson Gomes, deixou uma ferida aberta no Brasil, melhor representado pela ferida aberta da impunidade e da ineficiência do Poder Judiciário em resolver causas que restam como vítimas pessoas negras, mulheres e de origem pobre.
eu que trouxe todos os pecados ao mundo
tenho que amar incondicionalmente o intolerável
eu que trouxe todos os pecados ao mundo
devo ser naturalmente maternal
eu que trouxe todos os pecados ao mundo
devo me resignar. devo acatar.
recatada.
eu que trouxe todos os pecados ao mundo
não posso pecar.
o feminino me chama há tempos
desde antes de mim mesma eu já vivia em partículas femininas de plantas e animais
de pele e amor
de gioia e gratidão.
eu venho através de todos os tempos para chegar em mim
através de todos os ciclos.
Seguindo a tradição de Mariategui, o boliviano Alvaro Linera é um dos mais instigantes pensadores marxistas da atualidade. Teórico e militante, aplica o marxismo à realidade latino-americana, especificamente à realidade boliviana, como o fez Lênin ao aplicar o método marxista à situação concreta da Rússia no séc. XX, seguindo à regra a tese de que a ciência de Marx não é um dogma mas um guia para a ação, Linera aponta como sujeito histórico do processo revolucionário em curso na Bolívia os povos indígenas, portanto, em grande parte, o campesinato, ao contrário do que predizia o marxismo dogmático, cujo sujeito histórico é o operariado. A diferença entre Lenin e Linera é que para aquele a incipiente mas combativa classe operária russa seria a vanguarda da revolução que despontava no horizonte; e o campesinato russo, 80% da população, mas politicamente despreparado, apesar do histórico de revoltas, era apenas um aliado tático da vanguarda proletária – como estava explícito no chamado à aliança operário-camponesa, no programa do Partido Bolchevique.
Um futebolista brasileiro encontra-se preso em Barcelona sob acusação de estupro de uma jovem de 23 anos no banheiro de uma boate. Trata-se de um homem profundamente cristão. A ponto de tatuar Jesus no próprio corpo. Ele seria um exemplo de excesso de cristianismo? Ele é bolsonarista. Seria um exemplo de fascismo cristão no Brasil?
O dia primeiro do ano veio sacramentar a vitória histórica do ultimo 30 de outubro. Pela terceira vez na história desse país, seremos governados pelo maior exemplo, melhor símbolo e melhor representatividade dos trabalhadores desta nação.
A discussão da questão ambiental sempre esteve permeada de vários significados, que podemos agrupar em duas correntes de pensamento. Uma cultural, que questiona o estilo de vida, o consumismo, as formas de produção e de apropriação da natureza do modelo de desenvolvimento capitalista-fordismo. A outra utilitária, protagonizado inicialmente pelo Clube de Roma, que após décadas de crescimento dos países centrais, defendia a ideia do crescimento zero para economizar recursos e energia, assegurando dessa forma a acumulação de capital. É dentro dessa disputa ideológica que o conceito de justiça ambiental propõe uma ressignificação da questão ambiental.
De início, deve-se chamar a atenção para a imprevisibilidade das consequências do ataque político da direita. O Governo Lula mal começou. Do ponto de vista da institucionalidade da administração, ainda há certa precariedade em apresentar com clarezas as diretrizes do novo governo. Fruto de uma frente ampla com diversos setores da direita, conta com natural dificuldade de encontrar projetos em comum. A precariedade da operação política de Lula para governar inevitavelmente leva a fissuras, que podem desencadear em fraqueza e debilidade política.
Desde o dia 08 de Janeiro o país vive o clima de golpe de Estado. A atmosfera é de comoção e solidariedade em defesa da democracia por um lado. De outro, é de afloração do desejo de retomar o controle político do país pela força.
Certa feita, em um país nem tão distante, houve um governo tão prolífico na arte da loucura e da insensatez, mas tão prolífico, que conseguiu até mesmo inaugurar um novo tipo de doido: O doido-de-quartel.
Há 6 anos mergulhados num golpe civil que destituiu a legítima presidenta Dilma Rousseaf, o Brasil enfrenta uma avalanche arreganhada de corrupção, empobrecimento das classes mais baixas, desemprego e um morticídio de quase 700.000 vidas perdidas pelo negacionismo da vacina, pelo incentivo ao uso de Cloroquina e demais remédios cientificamente provados como não eficazes, tudo isso capitaneado pelo maior impostor que já pisou nesta terra, Jair Bolsonaro.
Por: Rodrigo G. M. Silvestre O Presidente Joe Biden anunciou, no dia 06 de Outubro de 2020, um perdão a todas as pessoas que estejam privadas de liberdade e processadas por simples porte de maconha na esfera federal. Essa é uma aparente conquista do campo progressista, com um passo na direção a descriminalização federal da substância. Os Estados Unidos tem diversos estados que já legislaram sobre o uso recreativo e de saúde dos produtos derivados de Cannabis sp., mas a legislação federal ainda guarda um regramento bastante rigoroso com relação a esses produtos. Classificam ainda como substância Classe 1, como… Leia mais: A revolução da saúde como promotora do fim da “guerra contra as drogas”?
Vejo suas roupas em cima da cama, muito bem dobradas. Ao lado delas, as minhas: roupas limpas misturadas com roupas já usadas, todas elas largadas e amarrotadas. E através dessa metáfora meio cafona e muito triste percebo tudo o que eu vinha fazendo por você e, sobretudo, tudo o que tenho feito de mim.
Para o Brasil, que é um país empreendedor por natureza, não há Estado mais apropriado do que aquele que direciona a atividade econômica com base nas necessidades reais e objetivas de sua população. Em linha com esse argumento a pergunta do correspondente do jornal América Profunda foi feita ao pensador Emir Sader sobre qual o desafio de incluir no discurso da esquerda o grupo de empreendedores e empreenderas brasileiros.
O evento foi promovido pelo SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO PÚBLICA DO PARANÁ (APP Sindicato) e pode ser revisto na integra no portal da entidade. Aqui colocamos o recorte com a pergunta e a resposta feita pela participação do Jornal América Profunda para provocar a reflexão.
No final do ano passado perdi, inesperadamente, dois clientes que pagavam mais da metade do meu salário. No mesmo dia, recebi uma compra feita pela internet: um maiô e uma blusa num total de R$489 que resultaria em, no máximo, vinte minutos de satisfação dos meus desejos. Olhei para aquilo e vi que era um absurdo. Além de não fazer parte da minha realidade, eu precisava de fato daquelas coisas? Foi quando estabeleci o seguinte propósito para o ano que chegava: não compraria nada de absolutamente supérfluo. Com um sorriso de satisfação de canto de boca, pensei: “o que esse algoritmo sacaninha vai me oferecer agora? Hein, hein, hein?”. Claro que eu não tenho interesses estritamente supérfluos, mas eles são os que mais rendem para a máquina, certo? Bom, desde então ele tentou várias coisas, mas sem muito foco. Me oferecia de seguro para cachorro até curso de psicanálise. Sim, eles estão nos escutando e metrificando o tempo todo, mas acho que a minha vida andava mesmo mais eclética e aleatória.
O Brasil possuí uma massa de milhões de pessoas desempregadas e um enorme contingente indivíduos que desenvolvem alguma atividade empreendedora para cobrir suas necessidades cotidianas. De acordo com o relatório Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2021, realizado pelo Sebrae em parceria com o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP) o Brasil tem 43 milhões de empreendedores, volume que compreende os que já têm um negócio formalizado ou, no último ano, realizaram alguma ação com intenção de ter um empreendimento no futuro. Dentre esses, cerca da metade são empreendedores por necessidade.
O que segue tem o peso de correntes de ferro, o barulho de um disparo, um grito mudo da mãe que perde um filho, o timbre particular do choro de uma mulher, um pai ou uma criança. Tem cheiro da pólvora desde as ocas, pelos quilombos que continua e ecoar sem fim pelas favelas da máquina neoliberal de moer carne humana. Tem a mesma estrela do “CHERIFE”, que empurrou, para dentro de grandes navios mulheres e homens, Marias, Terezas, muitos João y Juanes; negros, brancos, amarelos, vermelhos e verdes.
Por: Rodrigo G. M. Silvestre O Jornal América Profunda realizou a cobertura do evento de filiação de Roberto Requião ao Partido dos Trabalhadores no dia 18 de março de 2022. O evento realizado no Expo Unimed no Município de Curitiba/PR contou com a presença de movimentos sociais, autoridades como senadores e deputados, bem como um grande número de pessoas que foram especialmente para ver a filiação de um dos fundadores do MDB do Paraná ao Partido dos Trabalhadores. O evento marcou o retorno de o Ex-Presidente Luiz Inácio “Lula” da Silva a Curitiba, cerca de três anos após sua libertação… Leia mais: Cobertura da Filiação de Roberto Requião ao Partido dos Trabalhadores (PT)
O tema das desigualdades, identidades sociais e formas de organização e lutas na Era Digital traz à tona a necessidade de conceber formas atualizadas de inserção da grande massa populacional colocada à margem na economia capitalista contemporânea. Segundo a Síntese de Indicadores Sociais, em 2020 o Brasil possuía 5,7% da população em situação de extrema pobreza. São 12.028.000 com mais de 15 anos de idade que vivem com até R$ 3,04 por dia, em decorrência disso tem sérias restrições para obtenção de condições dignas, salubres e economicamente viáveis de viver (IBGE, 2021).
Por: Célio Roberto Nenhum conflito surge porque em um belo dia um estadista acordou de péssimo humor e decidiu invadir um país. Embora a mídia ocidental queira dar a impressão que seja dessa forma, dando à guerra um caráter moral ou psicologizante dos atores envolvidos. Dividindo o mundo entre “mocinhos” e “vilões”. Contudo, a situação é muito mais complexa. Para entendermos a guerra na Ucrânia é imprescindível voltarmos para o período da Guerra Fria. Quando do surgimento da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em 1949. Essa aliança militar – encabeçada pelos EUA – tinha o objetivo de… Leia mais: Antecedentes da Guerra na Ucrânia
Ao testemunhar as reações de comoção na cobertura midiática da Guerra entre a Rússia e Ucrânia, é evidente a atribuição de maior importância a algumas vítimas de guerra sobre outras, ocasião em que o horror da guerra tem sido tratado sob uma narrativa baseada em argumentos claramente racistas e xenofóbicos, delineados sob uma ideia de civilização com limites epidérmicos.
No dia 10 de março, mais de centenas de moradores dos bairros Mundo Novo, Rio Sagrado, Morro Alto, Candonga, entre outros, compareceram na Capela São José Operário, no bairro Mundo Novo, para ouvir a exposição do EIA-RIMA apresentado pelos técnicos do Instituto de Pesquisa FIPE para o Projeto da “Nova Ferroeste”.
Ao carregar esse combinado medonho de buraco no peito com buraco no estômago, a gente vai tentando reencontrar a esperança de poder rimar amor com dor.
Não é como se eu escrevendo fosse um personagem, mas o contrário, é como se eu fosse um personagem dentro da própria casa. Porém, desde ontem começou a cobrança da minha mãe, “Vinícius, amanhã é 100 anos do Brizola, você não vai escrever sobre ele”? Então, pedido de mãe é uma ordem. Meu pai sempre foi petista e minha mãe brizolista, esta foi a divisão da minha casa desde sempre.
Por: Rodrigo G. M. Silvestre Vivemos uma sociedade limítrofe. As pessoas contemporâneas isolaram-se de tal forma, absortas em suas próprias realidades, que observam passivamente a degeneração social. Tornamo-nos uma sociedade sedentária, violenta e depressiva. Frutos do que Byung-Chul Han vai chamar de Sociedade do Cansaço, somos incapazes de dialogar verdadeiramente entre nós. Estabelecemos pequenos monólogos simultâneos, de modo que mesmo estando da presença de outros, estamos sós. Vertiginosamente caminhamos para morrer menos de verminoses e condições degradantes no parto, para morrer por armas de fogo, seja em conflito, seja por suicídios motivados pela depressão ou transtornos de ansiedade. Esse será… Leia mais: Sociedade do Diálogo
Por toda América Latina, dezembro representa a revisitação das tradições natalinas de convivência e esperança. Mas de quem são essas tradições? Se esperamos por um velho senhor branco, que vem lá do Polo Norte para avaliar se fomos “bons” e merecemos então presentes. Comemos comidas que não são nossas e desejamos um futuro que não nos é possível.
O Jornal América Profunda se propôs a revisitar essas “verdades tradicionais” e buscar o resgate de nossa ancestralidade comum, assim como de nossas distinções fundamentais. Tem sido um árduo desenvolvimento e construção coletiva. Muito ainda se tem por fazer e comunicar. E hoje, o que nos agrega é a luta pela democracia.
A lógica do sistema capitalista é a ampliação do valor de troca das mercadorias. Com a priorização da embalagem das mercadorias, em detrimento do efeito prático destas, perfaz-se a lógica esquizofrênica da cadeia incessante da obsoletização dos produtos, os quais possuem cada vez mais uma menor vida útil. O reaproveitamento dos produtos ingressa nessa reprodução ampliada do capital para ter valor de troca, por isso o interesse do capital na reciclagem. No segundo momento do circuito econômico, configura-se a mais-valia do catador de lixo, o qual é inserido na sistemática, como reciclador, em condições aviltantes, ficando à mercê de atravessadores e sucateiros. A lucratividade desse segundo ciclo advém da precarização do catador. Para amenizar essa situação, devem ser instituídas a coleta seletiva e associações e cooperativas de catadores, além de campanhas publicitárias educativas para a coleta a partir dos domicílios e a efetivação da Lei 12.305/10 (Política Nacional de Resíduos Sólidos).
En toda América Latina, diciembre representa la revisión de las tradiciones navideñas de convivencia y esperanza. Pero, ¿de quién son estas tradiciones? Si esperamos a un anciano blanco, que viene del Polo Norte, para valorar si fuimos “buenos” y merecemos regalos. Comemos alimentos que no son nuestros y queremos un futuro que no es posible para nosotros.
El Jornal América Profunda se propuso revisar estas “verdades tradicionales” y buscar rescatar nuestra ascendencia común, así como nuestras distinciones fundamentales. Ha sido un arduo desarrollo y construcción colectiva. Queda mucho por hacer y por comunicar. Y hoy, lo que nos une es la lucha por la democracia.
Durante noviembre, mes tanatico por excelencia, encontramos en nuestro continente toda una serie de celebraciones relacionadas con la muerte, siendo el 2 de noviembre “día de los muertos” la fecha más significativa, que se corresponde con la fuerte raíz católica de nuestro territorio en sincretismo con las culturas existentes y preexistente, a la llegada de la cultura europea. En este sentido, podemos pensar estas festividades como eminentemente mestizas.
Durante o mês de novembro, o mês do tanatico por excelência, encontramos no nosso continente toda uma série de celebrações relacionadas com a morte, sendo o dia 02 de novembro “Dia dos Mortos” a data mais significativa, que corresponde às fortes raízes católicas do nosso território em sincretismo com as culturas existentes e pré-existentes, antes da chegada da cultura europeia. Neste sentido, podemos pensar nestas festividades como sendo eminentemente mestiças.
A proposta do texto é apresentar elementos que propiciem reflexões críticas acerca da política social no Brasil, cujo processo revela a interação de um conjunto de determinações econômicas, políticas e culturais. Seu desenvolvimento abrange o movimento de produção e reprodução da acumulação capitalista e o grande desafio reside no combate aos desmontes provocados pelo ultraneoliberalismo à efetividade da política social enquanto modalidade de política pública universal, fundamentada na garantia de direitos sociais.
Se existisse uma máquina do tempo que trouxesse Getúlio Vargas e Luiz Carlos Prestes diretamente do ano de 1945, jogasse os dois, peladões, sem entender nada, como numa cena de filme distópico, no meio do Largo da Carioca, a primeira coisa que eles fariam seria olhar um para cara do outro e falar “eita porra”, depois iam para uma banca arrumar um jornal para cobrir suas “vergonhas”.
Não gosto de final de ano. Não sei se é porque esse lance de inferno astral antes do seu aniversário é real (faço aniversário em janeiro) e entre o Natal e o Ano Novo fico meio ruim, ou se tudo isso é uma baboseira e eu simplesmente não gosto das festas e do clima de final de ano por não gostar mesmo.
Jair sempre foi pequeno e sempre será, seja apoiado ou não pela maioria dos eleitores. Afinal, sua modalidade de pequenez é especial: trata-se de pequenez cognitiva, pois não se sustenta por lógica; de pequenez moral, uma vez que é escancaradamente hipócrita; e de pequenez humana, já que é declaradamente contra os direitos humanos, e portanto desumano por definição. Mas isso não é novidade e não pode ser aceito como tal.
Era uma vez, muito tempo atrás, uma pequena subsidiária de uma das maiores empresas do mundo. Em certo momento, seu presidente achou melhor fazer uma cisão com a holding. Segundo muitos economistas, foi quando os problemas de gestão se tornaram aparentes.
Regulando os poderes da vida e da morte através de termos forjados pela produção de fronteiras, confisco de propriedades e classificação de pessoas com base na raça e classe social, Israel vem protagonizando junto ao Brasil um símbolo de trocas globais entre as forças militares e policiais mais brutais do mundo.
Por: Rodrigo G. M. Silvestre Viveremos em 2022 uma eleição icônica. Estarão presentes três (ao menos) líderes carismáticos, todos representando parcelas importantes da sociedade brasileira, nenhum, entretanto, representando nada de novo. O primeiro, um líder popular, cuja narrativa para a campanha vem com a potencia de ter sido preso para evitar que fosse candidato na última eleição presidencial. Diga-se de passagem, que foi preso pela articulação dos dois outros grupos que irão para o embate. O segundo, atual mandatário da nação, também líder carismático, na semântica maquiavélica, virá de um processo de desconstrução de seu discurso da campanha anterior, pela… Leia mais: Uma análise dos cenários possíveis
Nossa ancestralidade guarda profunda relação com como nos alimentamos. A origem de nossa nutrição, forma como a obtemos, preparamos e consumimos diz muito sobre nossa cultura. Nesse sentido, a colonização sul-americana é marcada tanto pela usurpação de produtos como o milho e a batata, que tanto serviram à expansão e manutenção humana como a conhecemos, quanto pela introdução de hábitos alimentares estranhos que, além de dissociar o latino-americano de sua cultura, ainda introduziu provisões calóricas de maneira inadequada que levaram contingentes inteiros da desnutrição direto para a obesidade.
A contemporaneidade, trouxe um paralelo interessante entre a nutrição alimentar e a aquisição e consumo de informação. Nela, talvez, resida a nova forma de dominação que os territórios colonizados vivenciam.
Nuestra ascendencia está profundamente relacionada con la forma en que comemos. De dónde proviene nuestra nutrición, cómo la obtenemos, preparamos y consumimos dice mucho sobre nuestra cultura. En este sentido, la colonización sudamericana está marcada tanto por la usurpación de productos como el maíz y la papa, que sirvieron tanto para la expansión y el mantenimiento humano como lo conocemos, como por la introducción de hábitos alimenticios extraños que, además de disociar el Latinoamericana de su cultura, incluso introdujo provisiones calóricas inadecuadas que llevaron a contingentes enteros de la desnutrición directamente a la obesidad.
La contemporaneidad ha traído un interesante paralelismo entre la nutrición alimentaria y la adquisición y consumo de información. En él, quizás, reside la nueva forma de dominación que experimentan los territorios colonizados.
Por: Felipe Mongruel Los brasileños somos conocidos en todo el mundo por ser alegres, bailarines y grandes tamborileros. Además de ser caipirinistas y maestros de la “embassadinha”, se nos atribuye este pecado de “fanfarrones” porque ganamos mucho dinero con el tráfico de cocaína, con la prostitución infantil y con los regateadores flacos que van a Europa como productos del gran capital. Léase: 39kg de cocaína en el avión presidencial, niños de 12 años prostituyéndose en la costa de Maceió y el ridículo del presidente Bolsonazi en una foto con el pastoso Neymar. Mientras todo esto sucede, millones de personas pasan… Leia mais: LA REVOLUCIÓN BRASILEÑA II O cómo los hambrientos matarán al neoliberalismo
Por: Felipe Mongruel Nós brasileiros somos conhecidos mundialmente como alegres, dançarinos e ótimos batuqueiros. Além de fazedores de caipirinha, mestres em embaixadinha, nos atribuem essa pecha de “fanfarrões” porque ganha-se muito dinheiro com o tráfico de cocaína, com a prostituição infantil e com magricelos dribladores que vão pra Europa como produtos do grande capital. Leia-se: 39kg de cocaína no avião presidencial, garotos de 12 anos que se prostituem na orla de Maceió e o ridículo presidente Bolsonazi em foto com o pastoso Neymar. Enquanto tudo isso acontece, milhões de pessoas passam fome e reviram lixo no Brasil da “ponte pro… Leia mais: DA REVOLUÇÃO A BRASILEIRA II Ou como os famintos degolarão o neoliberalismo
Elite é cafona, ponto. Elite é cafona na Europa, na Oceania, na Ásia, na África, nas Américas, na Antártida e suponho que até no Inferno deve ser brega. Nada mais horroroso do que aqueles cabelos rococós da França e Inglaterra de outrora; nada mais horroroso e esdrúxulo que Mônaco e Ibiza. Se eu começar a falar de Estados Unidos então, fudeu.
Este artigo decorre de uma demarcação espacial condizente ao município de Pinheiro-MA, Brasil, local onde este pesquisador desenvolve a profissão de Defensor Público estadual. Aliando sua atividade profissional com a acadêmica, deparou-se com um grupo hipervulnerável, a comunidade de catadores/recicladores do lixão pinheirense, e partiu-se da ideia de como fazer esse agrupamento ser ouvido pelas instituições públicas e privadas.
“(…) Escrevo sabendo que sobre as nossas cabeças, sobre todas as cabeças, existe o perigo da bomba, da catástrofe nuclear, que não deixaria ninguém nem nada sobre a Terra. Pois bem: nem isso altera a minha esperança. Neste momento crítico, neste sobressalto de agonia, sabemos que entrará a luz definitiva pelos olhos entreabertos. Entender-nos-emos todos. Progrediremos juntos. E esta esperança é irrevogável” – Pablo Neruda.
Conurbanos de ausencia. De romanticismos suburbanos perimidos. El tiempo y las sucesivas expulsiones te cambiaron el paisaje.
Calles pobladas de piberíos persiguiendo pelotas, devenidos lodazales donde despojos de realidad se apiñan, desangelados hasta para el poeta. Que ya ni él te nombra.
Conurbanos de presencia. Omnipresencia de lo que falta, de lo que aún no pudimos o no supimos. De lo que se escapa de las palabras bien dichas. Amorosamente dichas.
Esta era a manchete do jornal “El diario” no Uruguai em 31 de julho de 1970. Naquela época, o pequeno país vivia um momento agitado devido à instabilidade econômica, política e social em que se encontrava. Os Tupamaros haviam sequestrado o norte-americano Dan Mitrione e o cônsul brasileiro Aloysio Días Gomide.
Mas quem eram os Tupamaros?
Me gustan los temas bullados porque además de marcar un precedente, configuran escenarios propicios para activar la cabeza. Por ejemplo, si se instala una polémica en torno a un asunto que me interesa, me impongo el desafío de suprimir el yo, atenuar el narcisismo y mantenerme imparcial frente a la cuestión. Me empeño en no agotar la experiencia al comentario atolondrado, procuro no adoptar una posición, o simplemente intento guardar silencio, pero, como tiendo a sobrevalorar lo que pienso, sumado a mi anhelo primitivo de equidad, no consigo ser imparcial porque siempre termino comentando y respaldando al más débil.
A primeira audição da obra La Margarita aconteceu em meados da década de 1990 quando euera aluno do curso de espanhol no CELEM da Universidade Federal do Paraná – UFPR, em Curitiba. Naquela oportunidade o professor de nome Marcelo apresentou-nos a faixa otoño. Recordo a sensação da musicalidade, os vocais e principalmente a imagem que o soneto transmitiu. “entonces eligió hojitas secas para pisar y el juego volvió el dorado más luminoso”.
Estreando nosso compartilhamento de textos, nossa companheira argentina @juli_lombi a partir dos conceitos de Alvaro Garcia Linera, faz uma análise sobre a importância do papel do Estado os países latino-americanos, e seus impactos de acordo com o projeto político a que responden sejam eles Estados integrais ou aparentes.
Tomando o texto de Octavio Paz “O Labirinto da Solidão” como “fio condutor de Ariadna”, @juli_lombi nos convida a pensar sobre nossa identidade latino-americana, colocando em jogo uma perspectiva feminista e descolonial.
Por: Andre Luis Jacomin Crônica de novembro A descrição da identidade do cronista apresenta em si uma contradição. O marxismo nos compele à ação humana para mudar a realidade. Por outro lado, a atitude cética do observador conduz à inação ou pura contemplação. *** Diz-se que o pensador René Descartes pariu a modernidade por meio da dúvida. Grosseiramente, o principal argumento da primeira das suas seis “Meditações Metafísicas” é de que a dúvida acerca da realidade do real, incluindo a própria existência do sujeito que a observa, funda a possibilidade de um pensamento real e verdadeiro, por meio do “Eu”,… Leia mais: Crônicas de um cético observador marxista
Lula jamais foi ou será o queridinho da mídia brasileira. Pelo contrário, sempre em seu nome foram imputados exatamente o contrário do que mostrou em seus mandatos como presidente, marcados pela conciliação como pavimentação do caminho da redistribuição de renda e da construção da mínima dignidade para a população mais carente do país.