Republicado em parceria com: Thiago Carvalho – https://www.linkedin.com/pulse/favelas-e-o-que-ningu%2525C3%2525A9m-observa-in%2525C3%2525ADcio-thiago-carvalho%3FtrackingId=Zcn95u71QOSvQBQtu1a7VQ%253D%253D/?trackingId=Zcn95u71QOSvQBQtu1a7VQ%3D%3D

Eram “apenas” 13 mil comunidades no Brasil no ano de 20235 milhões de domicílios tão diferentes, cheios de pluralidades unidos por uma única palavra: Favela 

Vamos falar um pouquinho de história, então peguem um punhado de pipoca, mas não muito, pois serei breve.

A imensa favela de Paraisópolis, lar de mais de 100 mil pessoas, é cercada por arranha-céus ...

Foto: GUI CHRIST

É importante falar que a “descoberta da pobreza” só passou a ser importante no mundo, quando ela tornou-se um problema para as elites. No Brasil, claro que não foi diferente. E foi no Rio de Janeiro no século XIX que começaram a olhar os cortiços, local destinado à chamada “classe perigosa”. Considerados local de pobreza, era taxado como antro do crime e também de epidemias, constituindo uma ameaça às ordens públicas.

Relatos presentes em livros históricos, cunham o termo Favela como:  – “Morro do Distrito Federal, antigo da Providência”; Termo latino que significa pequena fava; Pequena colina na região da Bahia que vieram os primeiros migrantes para o Rio;

Veja, a descrição histórica já é carregada de preconceitos de um problema social criado pela própria sociedade.

Mesmo hoje, é muito difícil você ouvir a palavra Favela e não ter julgamentos predefinido criados pelo nosso cérebro, após absorver grande parte de notícias midiáticas em que só retratam violência, tráfico e outras coisas ruins vinculadas às periferias.

Contemporaneamente as favelas são descritas como habitação popular, após perder todos os termos pejorativos.

Eu sei que é difícil admitir, mas na maioria dos casos é isso que eu, você e tantas outras pessoas podemos pensar, de forma involuntária.

Tá, mas se as Favelas não são isso, o que elas são?

São ambientes complexos e multifacetados com dinâmicas sociais únicas. É o lar de diversas pessoas abandonadas pelo sistema. Pessoas que se juntam em um local mais periférico para construir seus sonhos. É ter um local para morar, ficar, após ser abandonado pelo estado, carente de políticas públicas que possam abraça-las e dar uma vida digna que todas elas merecem. É um local seguro, longe das ruas, para poder sonhar.

É poder construir uma vida.

Gostou?

Esse é só o início da nossa série de artigos sobre As favelas e o que ninguém observa

Autor: Thiago Carvalho