Categoria: Volume III * nº. 08 * Agosto de 2023

Edição de Agosto de 2023 do Jornal América Profunda

  • Orçamento Público

    Por  Desiree Salgado

    Decima Quarta coluna sobre o mundo e seu contexto.

    Foto da Autora: Desiree Salgado
  • As favelas e o que ninguém observa – O Início

    As favelas e o que ninguém observa – O Início

    Republicado em parceria com: Thiago Carvalho – https://www.linkedin.com/pulse/favelas-e-o-que-ningu%2525C3%2525A9m-observa-in%2525C3%2525ADcio-thiago-carvalho%3FtrackingId=Zcn95u71QOSvQBQtu1a7VQ%253D%253D/?trackingId=Zcn95u71QOSvQBQtu1a7VQ%3D%3D

    Eram “apenas” 13 mil comunidades no Brasil no ano de 20235 milhões de domicílios tão diferentes, cheios de pluralidades unidos por uma única palavra: Favela 

    Vamos falar um pouquinho de história, então peguem um punhado de pipoca, mas não muito, pois serei breve.

    A imensa favela de Paraisópolis, lar de mais de 100 mil pessoas, é cercada por arranha-céus ...
    Foto: GUI CHRIST

    É importante falar que a “descoberta da pobreza” só passou a ser importante no mundo, quando ela tornou-se um problema para as elites. No Brasil, claro que não foi diferente. E foi no Rio de Janeiro no século XIX que começaram a olhar os cortiços, local destinado à chamada “classe perigosa”. Considerados local de pobreza, era taxado como antro do crime e também de epidemias, constituindo uma ameaça às ordens públicas.

    Relatos presentes em livros históricos, cunham o termo Favela como:  – “Morro do Distrito Federal, antigo da Providência”; Termo latino que significa pequena fava; Pequena colina na região da Bahia que vieram os primeiros migrantes para o Rio;

    Veja, a descrição histórica já é carregada de preconceitos de um problema social criado pela própria sociedade.

    Mesmo hoje, é muito difícil você ouvir a palavra Favela e não ter julgamentos predefinido criados pelo nosso cérebro, após absorver grande parte de notícias midiáticas em que só retratam violência, tráfico e outras coisas ruins vinculadas às periferias.

    Contemporaneamente as favelas são descritas como habitação popular, após perder todos os termos pejorativos.

    Eu sei que é difícil admitir, mas na maioria dos casos é isso que eu, você e tantas outras pessoas podemos pensar, de forma involuntária.

    Tá, mas se as Favelas não são isso, o que elas são?

    São ambientes complexos e multifacetados com dinâmicas sociais únicas. É o lar de diversas pessoas abandonadas pelo sistema. Pessoas que se juntam em um local mais periférico para construir seus sonhos. É ter um local para morar, ficar, após ser abandonado pelo estado, carente de políticas públicas que possam abraça-las e dar uma vida digna que todas elas merecem. É um local seguro, longe das ruas, para poder sonhar.

    É poder construir uma vida.

    Gostou?

    Esse é só o início da nossa série de artigos sobre As favelas e o que ninguém observa

    Autor: Thiago Carvalho

     
  • A Primeira Advogada do Brasil

    Por  Desiree Salgado

    Decima Terceira coluna sobre o mundo e seu contexto.

    Foto da Autora: Desiree Salgado
  • Feminicídio

    Por  Desiree Salgado

    Decima Segunda coluna sobre o mundo e seu contexto.

    Foto da Autora: Desiree Salgado
  • NOTA DE REPÚDIO

    Nenhum agente público acima da lei!
    Nenhum órgão de Estado acima da justiça, da democracia e dos direitos humanos!

    O Movimento Nacional de Direitos Humanos – Articulação Maranhão e a Defensoria Pública Estadual do Maranhão – Execução Penal de Imperatriz , no dia 21 de julho, foram surpreendidos com a determinação autoritária e arbitrária da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária SEAP, de transferir todas as mulheres do presídio de Davinópolis -MA e outros municípios para São Luís, mesmo com a posição contrária do Conselho de Segurança Pública, desconhecimento do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania e do Conselho Estadual da Mulher e das respectivas secretarias dos referidos conselhos.

    O entendimento do poder Executivo é que na unidade de destino será possível garantir acesso a trabalho, formação profissional e estudo às presidiárias, conforme preconiza a Lei de Execuções Penais (LEP).
    Vale destacar que para tais fins de reintegração social das apenadas(os), a Lei de Execução Penal tem por objetivo proporcionar condições para a harmônica integração social das mesmas (os), assegurando-se todos os direitos não atingidos pela sentença, incluído o direito à visita de parentes e amigos e a permanência em local próximo ao seu meio social e familiar (Arts. 1º, 3º, 41, 42 e 103). O artigo 103 prevê expressamente que o apenado cumprirá pena junto ao seio familiar, veja-se:

    Art. 103. Cada comarca terá, pelo menos, 1 (uma) cadeia pública a fim de resguardar o interesse da Administração da Justiça Criminal e a permanência do preso em local próximo ao seu meio social e familiar.
    Ainda, a Resolução nº 16/2003 do Conselho Nacional de Política Criminal Penitenciária, em seu artigo 6º, apontam diretrizes básicas para a administração penitenciária, veja-se:

    Art. 6º – São diretrizes referentes à administração penitenciária: [..]
    II – Cumprimento de pena privativa de liberdade em estabelecimentos prisionais próximos à residência da família do condenado;
    Assim sendo, uma vez no cárcere, deve ser possibilitado ao indivíduo o recolhimento perto da sua família, em respeito ao princípio da dignidade da pessoa humana e para que a pena possa servir ao seu fim, que é o de contribuir para a ressocialização da apenada.
    Repudia a decisão do Estado do Maranhão em descumprir a Constituição Federal, que veda o tratamento desumano, cruel e degradante, do Código Penal e do Código de Processo Penal, que dispõem sobre o tratamento específico para as mulheres privadas de liberdade, bem como a normativa internacional, por meio das Regras de Bangkok, que reconhecem as especificidades das mulheres sujeitas ao sistema prisional;
    Repudiamos a ausência de políticas públicas que enfrente adequadamente as vulnerabilidades decorrentes das especificidades das mulheres, aumentando as desigualdades de gênero e violando direitos para além de limitar a liberdade;
    Repudiamos a ausência de políticas públicas especialmente destinadas às mulheres voltadas à sua ressocialização, pois quando egressas do sistema prisional não são reinseridas no mercado de trabalho formal.

    Defendemos:
    ● O monitoramento rigoroso dos impactos dessas transferências em cada presa e seus familiares;
    ● O compromisso do Estado em garantir apoio financeira dos familiares para visita das presas;
    ● A garantia do atendimento virtual das presas transferidas pela Defensoria para fins de escuta sobre a anuência da transferência dentre outros direitos e encaminhamentos jurídicos necessários conforme as legislações em vigor;
    ● A priorização da vara de execução penal de São Luís sobre os processos pendentes referentes às presas transferidas;
    ● Pela manutenção da regionalização dos presídios femininos no Maranhão, com estrutura prevista na LEP.

    Associação de Gays, Lésbicas e Profissionais do Sexo – AGLEPS
    Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente Pe. Marcos Passerini
    Centro de Defesa dos Direitos Humanos e da Natureza de Buriticupu
    Centro de Defesa dos Direitos Humanos Pe. Josimo
    Centro de Direitos Humanos Antônio Genésio – CDHAG
    Centro de Direitos Humanos de Barreirinhas – CDHB
    Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carmen Bascarán de Açailândia
    Centro de Cultura Negra
    Conselho Carcerário de Imperatriz – Pe. Elisvaldo Cardoso – Presidente
    Defensoria Pública do Estado do Maranhão – Núcleo de Execução Penal de Imperatriz
    Fórum Maranhense de Mulheres
    Fórum de Mulheres de Imperatriz
    Frente Maranhense pelo Desencarceramento
    Grupo Gayvota
    Movimento Nacional de Direitos Humanos – Articulação do Piauí
    REVOAR: Grupo de Familiares e Amigos de Pessoas Privadas de Liberdade do Maranhão
    Sociedade Maranhense dos Direitos Humanos – SMDH
    União Estadual de Apoio a Moradia Popular

  • Ética e Ciências

    Por  Desiree Salgado

    Decima Primeira coluna sobre o mundo e seu contexto.

    Foto da Autora: Desiree Salgado