EDITORIAL

Caros Leitores, sejam bem vindos ao Jornal virtual América Profunda, seu jornal mensal de atualidades latino-americanas, mesmo que essas atualidades se remetam a séculos e séculos de construção histórica e fenomenológica do ser latino-americano. O titulo do jornal...
Se não agora, quando?

Se não agora, quando?

Venho falar de um tema que há algum tempo divido com amigas e, ainda que timidamente, amigos de noites e conversas fecundas. Estou ambientada num pequeno reduto da esquerda curitibana que tanto me acolhe, mas que também tanto me frustra enquanto mulher. Na mesa há uma pauta que nos une: a avalanche vil de uma política que nos magoa, nos sufoca, nos revolta e nos confraterniza. Porém, a cisão é iminente logo as luzes se demoram. No caminho entre a mesa em que dividimos a pauta, o cinzeiro e os copos até qualquer tipo de relacionamento mais íntimo a tragédia se anuncia. A esquerda ainda escuta samba. E viva! A esquerda masculina hetero cis ainda tem saudades da Amélia. Trágico!

Qual foi o Brasil de Paulo Freire e qual é o Paulo Freire do Brasil de hoje.

É dever de todo revolucionário fazer a revolução assim como é nosso dever, oriundos desta terra (filhos de um deus gozador que adora brincadeira e que nascidos da miséria fizemo-nos brasileiros) defendermos integral, consistente e perpetuamente a memória e obra de Paulo Freire. Um dos maiores brasileiros da história. Um dos maiores socialistas do mundo.